:: Apresentaçom



Neste ano 2011, o Festival da Terra e da Língua quer deter-se a refletir coletivamente e em voz alta sobre um dos inimigos silenciosos da liberdade e de um direito fundamental, como é o da informaçom livre e veraz. Referimo-nos ao poderoso império mediático com que o grande capital modela as opinions e conduz o pensamento da maioria através de meios totalmente controlados polo pensamento único.
Na Galiza, essa realidade vê-se agravada pola funçom espanholizadora que desenvolvem os grandes aparelhos mediáticos capitalistas: La Voz de Galicia, Telecinco, ABC, El Correo Gallego, El País, El Mundo, Faro de Vigo, COPE... duas caraterísticas identificam todo essa constelaçom de meios supostamente informativos: a linha editorial ditada polo grande capital que é o dono de todas elas e, portanto, ordena e manda; e a imposiçom lingüística, que fai do nosso idioma, o galego, um raro episódio que justifica suculentas ajudas públicas supostamente ao serviço de iniciativas normalizadoras.
O negócio é redondo e as vítimas propiciatórias somos os galegos e as galegas, que os financiamos obrigatoriamente, enquanto sofremos as suas manipulaçons e agressons permanentes aos nossos direitos lingüísticos. Apesar de ser ainda maioritária graças à envelhecida populaçom galega, a nossa língua está excluída por sistema e os poucos meios que vinham utilizando-a fôrom desaparecendo nos últimos anos.
Todo isso merece umha reflexom, umha análise e umha resposta por parte do movimento popular galego. A esse objetivo se subordina o XI Festival da Terra e da Língua, contando para isso com alguns meios alternativos e comunitários existentes atuantes na Galiza, como representantes de um panorama informativo oposto ao descrito nas anteriores linhas.
Além disso, a música galega e em galego voltará a hegemonizar o Festival que a Fundaçom Artábria leva onze anos organizando. Nas próximas páginas podes ver a programaçom completa e, assistindo ao Moinho de Pedroso, certificarás o teu apoio à causa que nos une contra o injusto sistema atual e em defesa de um outro mundo possível, que na Galiza deverá ser falado e escrito em galego.
Apoia o Festival da Terra e da Língua, polo direito à língua e à informaçom livre!